Em uma iniciativa de promoção de descarbonização da aviação comercial via biocombustíveis no Brasil, 200 voos comerciais foram planejados para o período da Copa do Mundo, em que aviões abastecidos com biocombustíveis partiram do Rio de Janeiro em direção às demais cidades-sede. O problema é que nenhuma gota do biocombustível usado é brasileira.
A substituição do querosene fóssil de aviação por bioquerosene (bioQAV) tem grandes vantagens, pois reduz as emissões de carbono em mais de 80% e ainda consegue atender aos padrões internacionais de sustentabilidade social e ambiental. O problema que levou a ausência do bioquerosene brasileiro na iniciativa é a forte burocracia. Internacionalmente, a especificação ASTM para Jet A/A1 é exigida para voos comerciais. No Brasil, há uma regulamentação complementar, devendo ser aprovado no padrão QAV-1, o que requer resolução específica da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
A situação é bastante estranha, pois o bioquerosene aprovado pela ASTM pode ser usado em voos comerciais em escala global incluindo voos da Europa e dos EUA para o Brasil, mas não pode decolar do Rio de Janeiro. Além disso, não há definição tributária para o novo produto renovável, o que leva o biocombustível a cair na "regra geral", o que pode significar que o bioquerosene brasileiro tenha carga tributária superior à do querosene fóssil.
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